quinta-feira, 13 de agosto de 2009







Jóqueis têm início de temporada promissor

Depois da vitória de Jeune-Turc, do Stud CED, no Grande Prêmio Brasil deste ano é claro que aumentou ainda mais o evidente favoritismo do jóquei Marcos Mazini ao tricampeonato da estatística. O jóquei deu condução magnífica ao seu conduzido e valorizou de forma definitiva seu currículo profissional. Mazini conta com apoio importante e decisivo do treinador Júlio César Sampaio, também bicampeão. Além disso, ele possui dois contratos expressivos com o Stud Alvarenga e o Stud TNT, dois proprietários destacados no turfe nacional. Por tudo isso é o favorito.

Não se pode, entretanto, subestimar o início de temporada avassalador do excelente bridão Ilson Correa. Algumas vezes segundo colocado na estatística de jóqueis para o fenômeno Jorge Ricardo, Correa trava luta incessante contra a balança devido ao seu biótipo longilíneo. Há uma semana, no momento em que eu entrava no elevador da repesagem, para subir para a cabine de transmissões, cruzei com o Correa. Sorridente, ele agradeceu os elogios que lhe fiz pela ótima fase e revelou. “Consegui estabilizar o peso. Vou me esforçar ao máximo para tentar mantê-lo assim durante toda a temporada”, prometeu.

Ilson Correa vai depender do incentivo e apoio dos seus verdadeiros amigos para sair vencedor desta batalha contra o excesso de peso. Por maior que seja sua força de vontade, no seu caso específico, trata-se de um grande desafio. Correa possui as principais qualidades da profissão de jóquei. É bom largador, tem percurso lúcido e impecável, possui perfeito cálculo de corrida, grande rigor na tocada, usa o chicote com as duas mãos e tem bom relacionamento com os colegas, o que lhe permite não sofrer muitos prejuízos na raia. Seu único obstáculo é a balança. Se puder derrotá-la com certeza só terá pela frente Marcos Mazini. E não acredito que ninguém duvide da sua capacidade técnica para disputar à estatística. O que todos colocam em dúvida é sua força de vontade para manter o peso.

Além de Ilson Correa, outros dois jóqueis, que normalmente chegam colocados numa posição intermediária, tiveram início de temporada bem acima do padrão normal. São eles: Marcelo Almeida e César Gustavo Neto. Tem dado gosto ver o desempenho destes dois pilotos. Marcelo Almeida tem tirado partido do seu peso pluma. Quase todos os jóqueis de ponta lutam para manter a escala de peso. Marcelinho não tem qualquer problema com relação a isso. No auge da maturidade técnica e com o peso sempre em dia, ele brilha intensamente neste início de ano hípico. A sua direção no dorso de Gaúcho dos Anjos, propriedade de Carlos Alberto Almeida de Oliveira, foi sensacional.

César Gustavo Neto, o Gugu, é a maior surpresa deste ano hípico. Ilson Correa sempre foi jóquei de ponta e não causa espanto ele estar no segundo lugar da estatística. Marcelo Almeida já ganhou dois Grandes Prêmios Brasil e por isso goza de ótimo prestígio. Mas Gugu luta contra a falta de oportunidades. Por uma série de fatores que só mesmo o turfe e seus altos e baixos podem explicar, ele teve boas chances neste começo de temporada. E tem aproveitado de forma brilhante. Esteve impecável no dorso de Gaz Full e arrojado em Bom Parceiro, com uma diagonal no percurso de 1.200 metros, pela variante, fruto da ousadia de sua personalidade. Gustavo é interessado nas coisas do turfe, sobretudo em filiação, e trabalhador como poucos no prado carioca. Gugu merece nosso incentivo. Ele faz justiça aquele famoso anúncio: “Eu sou brasileiro. Não desisto nunca”.

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